Luisa e sua adaptação na escola – parte 1

Eu falei para vocês que a Luisa começou a ir na escolinha e sobre a escolha da escola e um mês depois do início das aulas, eu gostaria de dizer como andam as coisas por aqui.

1. Na primeira semana minha lindinha foi super bem na escolinha, acordou todos os dias cedinho com pique total e quando chegava na porta da escola, entrava e nem falava tchau (aí as mãe pira).

2. Na segunda semana o negócio mudou de figura. Luisa começou a chorar para acordar, se trocar e ir para a escola. Chegava na porta e já abria o bocão (aí as mãe pira em dobro). Nessa mesma semana, Luisa ficou gripada e não foi uns 3 dias. Na semana seguinte, liguei para a diretora e pedi para transferir minha lindinha para o horário da tarde.

3. Na terceira semana, Luisa dormiu até a hora que ela quis de manhã. Na hora de se trocar para ir à escola, começava o chororô. Logo passava, mas a choradeira começava de novo quando chegava na porta da escola. Ligava algumas vezes para saber como ela estava e surpreendentemente ela sempre ficava bem depois que eu ia embora. Ufa! E foi bem melhor transferir a Luisa de horário e até a professora disse que ela estava mais disposta no período da tarde.

4. Na quarta semana, o chororô foi diminuindo aos poucos. Sempre conversamos com ela, brincamos e mostramos que ir para escola é divertido. E hoje ela não chora mais (aí as mãe comemoram o/ )!

Sério, gente! Eu cheguei a pensar que alguma coisa estava acontecendo com a minha filha na escola. Achei que as professoras estavam mentindo para mim em dizer que ela ficava bem depois de uns 5 minutinhos. Cogitei desistir da ideia.

Li muita coisa a respeito e percebi que toda a paranóia estava na minha cabeça. Analisei a Luisa do fio de cabelo ao dedo do pé e não encontrei nenhum vestígio de que ela pudesse estar sendo maltratada na escola, fisicamente e nem emocionalmente. Ela continuava dormindo bem, sorridente, brincando, interagindo, se alimentando…

Sendo assim, percebi que tenho que confiar na escola (e nas professoras) que escolhi e só de ver o rostinho sorridente dela quando eu vou buscá-la me mostra que ela é querida naquele ambiente. Esse detalhe era o mais importante: nunca vi a Luisa sair chorando ou com a carinha triste de dentro da escola. Se isso acontecesse, aí sim seria um sinal de alerta. E todas as mães que conversei, que tem seus filhos nessa mesma escola, me disseram boas coisas sobre ela. Então, era eu que estava procurando fio de cabelo em casca de ovo.

Sobre o chororô, li num artigo que as crianças tem medo dessa separação na porta da escola, pois elas não compreendem de que aquilo  é só por um tempo e que logo seus pais irão levá-las de volta para casa. Na cabecinha delas, aquela separação é para sempre e por isso o medo e o choro.
E sempre conversamos com ela a respeito disso, das mudanças, de que ela iria ficar um tempinho na escola para brincar, tomar lanchinho, desenhar, pintar… e que depois a mamãe estaria lá para buscá-la e trazer de volta pra casa.
Mas eu não condeno a minha filhota… Esse possível ‘medo’ é bem compreensível em se tratando da Luisa… ela sempre foi muito apegada a mim e ao marido e sempre ficou ‘só’ comigo, atenção ‘só’ para ela e de repente ela se vê num lugar cheio de gente, com atenção dividida. E analisando as coisas por esse ângulo,  vi que a choradeira para entrar na escola é normal até a criança se acostumar à sua nova rotina.

E isso é uma conversa para outro post.