Bye Bye Chupeta

Luisa com quase três anos.

Marido encasquetou que já era hora de tirar a chupeta da menina.

Ela passava a maior parte do dia com a chupeta na boca. Não largava por nada nessa vida.

Eu achava que não era o momento, pois com a chegada da irmã ela poderia ter uma recaída.

Marido bateu o pé e disse que não… vamos tirar a chupeta da Luisa AGORA, HOJE, JÁ!

No primeiro dia deixamos a nossa pequena sem a chupeta durante o dia. Iríamos oferecer somente a noite, na hora de dormir.
Ela pediu a chupeta durante todo o dia, chorou, esqueceu, lembrou de novo, chorou de novo… e a gente sempre tentando desviar a atenção dela para outras coisas. Hora funcionava… hora não!
Eu ficava com dó!

No segundo dia marido escondeu a chupeta. Da Luisa e escondeu de mim também! Porque certamente viu na minha pessoa uma possível possibilidade de a missão não dar certo.
Chupeta escondida e assim ficou.
Confesso que meu coração ficou apertado, ainda mais quando a Luisa pedia a chupeta… o que acontecia várias vezes por dia. Choro, manha, cansaço físico e psicológico. Nosso e dela!

Mas aos poucos e, talvez mais rápido do que eu poderia imaginar, a Luisa foi esquecendo do acessório. Em uma semana parou de pedir a todo momento. E assim foi indo gradativamente até que um dia ela não pediu mais! E assim está até hoje!
Dois meses depois de decidido o deschupetamento, nossa menininha está livre do bico de borracha.

Claro que não fizemos isso sem explicar para ela o por quê dos acontecimentos. Sempre conversamos com ela sobre aquela atitude e enquanto ela estava sóbria, a gente sentia que ela tinha sim maturidade suficiente para entender aquela ação.
Aqui não rolou aquele lance de dar a chupeta para o Papai Noel ou o coelhido da Páscoa.
Aqui rolou conversa séria!
A Luisa é inteligente e esperta. Ela entendeu!
E hoje ela fala toda orgulhosa que não chupa mais chupeta e que isso é coisa de bebê.

Mas nas crises de abstinências, era difícil de segurar a barra. E a ajuda do marido nessa transição foi muito importante. Se não fosse o pulso firme dele, eu não teria conseguido sozinha e teria cedido às investidas da Luisa na primeira crise de choro.

Posso dizer que foi relativamente ‘fácil’ todo esse processo. Houve sim alguns contratempos, mas com um pouco de paciência e otimismo a gente vai superando.