6 semanas e um susto
Eu estava com 6 semanas de gravidez. Me sentindo super bem. Um pouco de enjoos. Sem dores. Sem nada. Uma gravidez tranquila.
A Luisa, por outro lado, estava se tratando de uma infecção urinária. Já era o terceiro exame de urina que ela estava fazendo para saber se a infecção tinha regredido.
Eu estava no laboratório com ela para colher o material. De repente senti algo esquisito. Uma umidade estranha lá embaixo. Fui ao banheiro e o chão fugiu debaixo dos meus pés quando eu vi o sangue na calcinha. Não era sangue vivo… era uma coloração tipo borra de café.
Saí feito um foguete do banheiro, pedi para a enfermeira tirar o coletor da Luisa, expliquei a situação e de lá fui correndo para o hospital… e nesse meio tempo já liguei desesperada para o marido e pedindo pelo amor de Deus para ele ir me encontrar. Para a minha sorte, o hospital ficava a 5 minutos do laboratório… mas sabe como é a Lei de Murphy, né?! Um trecho que faria super rápido, demorou uma eternidade e ainda peguei trânsito num local que nem imaginava que pegaria… tudo isso chorando e com a Luisa sem entender nada na cadeirinha no banco de trás, me pedindo para não chorar.
Cheguei esbaforida, chorando feito criança que perde o doce. Luisa toda hora ‘mamãe tá chorando? Por que? Não chora mamãe!!!’. Aí que eu chorava mais ainda.
Logo fui atendida por uma enfermeira obstétrica. Mil e uma perguntas para uma pessoa que não sabe nem o nome mais. Eu só queria saber se estava tudo bem com o meu bebê. Fiquei mais nervosa ainda, depois que ela me disse que qualquer tipo de sangramento nessa fase é considerado como princípio de aborto.
Quer matar uma mãe e grávida do coração é falar esse tipo de coisa.
Fui encaminhada para fazer ultrassom. Nesse meio tempo marido chegou. Chorei mais ainda. Não há palavras que se diga nessa hora para tentar consolar a gente, apesar das boas intenções, não é?!
Tempo depois, estávamos fazendo o ultrassom. Coraçãozinho do bebê batendo forte, mas havia um coágulo. Na linguagem dos médicos, havia um descolamento de placenta. Meu obstetra complementou depois: nosso embriãozinho não estava bem grudadinho no útero da mamãe.
Apesar disso, nosso bebê estava vivo, com o coração batendo e já iniciando uma luta junto com a mamãe para viver.
Precisei ficar de repouso absoluto por 20 dias e sendo medicada com Utrogestan duas vezes por dia. Marido me ajudou, meus pais vieram para ficar comigo, a Luisa compreendeu o que estava acontecendo, todos ajudaram de alguma forma.
Pesquisando sobre isso depois, vi que esse tipo de ‘descolamento’ acontece com mais frequência do que se pode imaginar. Minha cunhada teve e hoje a Marina está com 1 e meio. Minha irmã teve na sua primeira gravidez e hoje o José Henrique tem 6 anos. Nos fóruns que participo vi muita gestante com o mesmo problema e hoje estão curtindo sua gravidez ao máximo.
Mas como a gravidez da Luisa foi tão tranquila e como estava indo tudo bem com esta, quem poderia imaginar que algo assim pudesse acontecer?
O fato é que superamos essa fase. Estamos grávidos de quase 15 semanas. Bebê está bem e crescendo saudável.
Ah, a Luisa? Precisou se tratar por mais um tempo com antibióticos, mas logo a infecção urinária se curou. Hoje estamos fazendo acompanhamento, pois a reincidência em meninas é maior do que em meninos. Minha florzinha está bem também, graças a Deus!
Então, mamães que estão passando por isso… tenham fé em Deus! Obedeçam as recomendações do seu médico. A gente fica desesperada, mas o desespero não deixa a gente pensar direito e agir como se deve agir.
chica
Que bom que foi um susto apenas! Passamos por cada sufoco,né? beijos,tudo de bom, fica bem! chica
Raquel
A gnt passa por muita coisa sim, Chica… mas graças a Deus a gente supera. bjo
Maria Heloisa
Amiga Deus está contigo e sua família abençoando todos os dias. Boa sorte!!
Raquel
Obrigada Helô… com certeza, Deus é mais! bjo
Anabela
Também passei por isso e tive que ficar de repouso absoluto no início da gravidez. Também tive que ficar no final mas por razões diferentes. Respeitei sempre o pedido da médica e hoje tenho o meu Tiago com 3 anos e meio. Um doce e um traquina, tudo ao mesmo tempo. Vale cada momento que tive que estar sentada/deitada sem fazer esforços.
Falei sobre a experiência no meu blog, a quem possa interessar.
Cumprimentos,
Anabela
Raquel
Oi Anabela… obrigada pelo seu depoimento. Como minha primeira gravidez foi super tranquila e sem mais preocupações, achei que iria acontecer o mesmo na segunda. Mas graças a Deus estamos bem e tbém faço qualquer sacrifício por esse filhote que cresce aqui dentro. bjo
Gleysa
Oh menina que coisa chata hein, mas e normal mesmo minha cunhada teve, e no final tudo deu certo, hj Daniel ja com 3 aninhos!
Estou orando por vc, e mantenha a calma!!
Beijos
Raquel
A gente só percebe o quanto isso é ‘normal’ de acontecer, quando acontece com a gente e vamos atrás de informação… bjo
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Sr. WordPress says:
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Raquel says:
Falou tudo, Nanda... paciência e amor são fundamentais para ter sucesso...
Raquel says:
Oi amiga! Então, quer dizer que esse intercâmbio vai sair do...
Lilia Faria says:
Pode ter sido longo, mas se foi no tempo dela. Eu...
Nanda says:
Raquel amiga estou muito feliz por ti amiga e sua pequena...
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